MOLEIRO DE SULA
28 de Agosto / 21h00 / 2021
Moinho de Santa Cristina
Naquela madrugada de setembro, quando o clarão do nascente começava já a pintar a encosta do Bussaco, João Rana, Moleiro de Sula e dos frades, seguia, como habitualmente, a sua viagem até ao seu moinho. Acreditando que nada fazia prever que um dos momentos mais brutos da história do Bussaco o impediria de cumprir com as suas funções de moleiro, insurge-se perante as forças armadas que o impelem a abandonar o seu posto e a fugir, largando tudo o que lhe é de mais importante.
João Rana, fiel ao seu moinho e às suas gentes surge como uma figura representativa do povo da Mealhada: a sua resiliência, a sua luta e a sua fidelidade ficam perpetuadas na memória de um povo que luta pela sobrevivência.







Evento Município da Mealhada
Criação Caixa de Palco
Produção NOC Teatro
Ficha Técnica e Artística:
Direção Artística Marta Pires
Dramaturgia e Encenação Joana Sarabando
Produção Filipa Almeida
Assistência de Produção Joana Sarabando
Elenco Dinis Binnema, João Tarrafa
Participação Especial Manuel Filipe, Pedro Semedo, Noémia Machado Lopes, Afonso Semedo, Maria Marques, Íris Reverendo, Éder Reverendo e Nuno Mesquita
Recreadores Históricos António Ramos, Rui Fonseca, João Monjardino, Rui Miranda
Sonoplastia João Tarrafa
Composição musical João Tarrafa
Fotografia de Design Ana Pedro Coleta
Fotografia de Cena André Maçãs
Plano de Comunicação, Divulgação e Design Gráfico Ana Pedro Coleta e Tiago Pereira
Design e Operação de luz Dino da Costa
Operação de Som Jorge Marques e Sofia Ferreira
Apoio aos Figurinos e Adereços Jimmy Cunha
Maquilhagem e Cabelos Viviana Dallot
Entidades Participantes Aguarela de Memórias; Oficina de Teatro do Cértima; GREHC; Armas da História
Frente Sala Gabriel Trindade, Rafael Duarte, Manuela Fernandes
Apoios Prestados Grupo Cénico de Santa Cristina; Armas da História; Junta de Freguesia de Barcouço
Bibliografia
“O Moleiro de Sula”, Julio Dantas
Moleiro de Sula
Um local emblemático da Serra do Buçaco. O General Crawford utilizou este moinho para, aquele que seria, o seu posto de comando na Batalha do Buçaco, em Setembro de 1810.
O aspeto do moinho sofreu algumas alterações desde a passagem de Crawford. Segundo as descrições da época, as rochas que serviram de observação para o General já não estão presentes. Contrariamente, toda a florestação em volta agora é densa e desenvolvida, o que não acontecia na altura, uma mais valia para se observar então o movimento das tropas francesas.
Júlio Dantas, a partir da obra “O Moleiro de Sula”, deixa-nos um legado de uma realidade tão distinta como fria. No entanto, Ti João Rana, não vem só fazer jus ao seu nome. João Rana, vem fazer jus a uma população devastada mas fiel à sua terra, às suas gentes.
Apesar do moinho utilizado no episódio 3 da nossa viagem, não ser o Moinho de Sula, mas sim o de Santa Cristina, tentamos criar referências e imagens que conduzem o público a viajar connosco nesta história tão brutal. Interessante saber que o Moinho de Sula é um moinho de Vento e o de Santa Cristina de água, mas mesmo com estas diferenças, enaltecemos aquilo que mais importa: as gentes da nossa terra!
